música digital e direitinha no Brasil
15 agosto 2006
Quantos meses você dá até que comece a comprar música digital legalmente por serviço brasileiros? Independente da resposta, pensa um pouco mais baixo.
Por mais tentador que seja este cenário paradisíaco do Brasil, que assiste a carnificina da RIAA e da IFPI da sala VIP, uma hora a moleza de baixar música e vídeo sem ônus nenhum vai acabar por aqui.
Dois motivos complementares, mas nada harmoniosos, explicam a possibilidade.
O primeiro é o aquecimento do mercado de música digital no país. Foi só a iMusica e a UOL MegaStore começarem a travar as primeiras batalhas do setor que pistas sobre serviços concorrentes começaram a aparecer.
Vale destacar o pioneirismo do primeiro. O grupo capitaneado pelas sempre ótimas idéias da Ideias.Net vem fazendo o dever de casa direitinho, aumentando o apelo da música digital no país com artistas de enooooorme sucesso (Chico Buarque, alguém?) e inaugurando a primeira loja do tipo para celulares.
O Terra oficializou a sua, meses após executivos da BrTelecom encherem a boca durante o lançamento da nova home do iG para assumirem que o portal teria sua loja online – mesmo que, nos últimos meses, todos engasguem quando falam sobre o assunto.
Mesmo sem anúncio oficial, é improvável que a Globo.com, um portal formatado para conteúdo multimídia e com toda a biblioteca da Som Livre por trás, vá ficar de fora desta – os ótimos resultados da transmissão da Copa podem muito bem animar o portal.
O outro lado não tem nada de animador.
Após a primeira condenação por pirataria de filmes, promovida pela MPA em parceira com a ADEPI, é questão de tempo até que o primeiro “pirata” brasileiro de música seja considerado culpado.
Prisões já rolaram aos montes, como confirma a APEDIF, sem pontuar exatamente quantas.
Mesmo que se percam na burocracia do Estado, é improvável que casos do naipe sejam esquecidos, ainda mais pela provável (atenção, PROVÁVEL) onda de “ataques” planejada por organizações de direitos autorais programas daqui para frente.
Ricardo Cidale, executivo da LabOne, a provável (atenção, PROVÁVEL) responsável pelos streamings e cotas mensais cobradas pelo Terra, é enfático quanto à direção do mercado nacional. “Talento é alimentado por dinheiro. Direito autoral precisa ser pago”. Como, a história é outra.
Vai demorar muito ainda para fechar este BitTorrent?
16 agosto 2006 at 40417 am
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17 outubro 2006 at 30359 pm
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