o canal, não a loja
23 novembro 2007
As bancadas são em madeira clara, o painel da maçã iluminada por trás e a rede sem fio gratuita estão lá. Falta algo essencial aos espaços da Apple montados junto à cadeia de super-mercado Extra: a própria Apple.O que parece certo é que os 16 quiosques da Apple que o Extra inagurará até fevereiro de 2008 são mais uma adaptação do Grupo Pão de Açúcar ao novo mercado varejista que uma pretensão clara da Apple em popularizar seus produtos.
Em reuniões nos EUA, a Apple chegou a propor ao Grupo Pão de Açúcar que montasse a Apple Store no Brasil nos mesmos moldes das internacionais. O Grupo Pão de Açúcar escolheu não, pereferindo um stand que levasse o Extra no mesmo caminho da rede Target nos EUA – um hipermercado cada vez menos focado em alimentos.
Isto fica ainda mais claro pela evidente falta de envolvimento da Apple na inauguração do projeto – além da absoluta falta da assessoria de imprensa para um evento divulgado, o presidente da companhia no Brasil, Alex Szapiro, foi-se antes do discurso feito por um executivo do Pão de Açúcar comemorando a inauguração.
Isto não significa que a possibilidade da Apple Store esteja totalmente descartada – o acordo com o Pão de Açúcar não é de exclusividade, embora os executivos do grupo citem como prováveis novos acordos concorrentes seus, como o Carrefour, por exemplo.
Só que também caia na real, cumpadre: a Apple não vai quebrar um quarteirão na Paulista pra construir um quadrado de vidro transparecente como é sua loja em Nova York.
A Apple sempre foi abastecida de boatos (os 10 melhores são ótimos para entender a histeria que, ao envolver a Apple, cria um círculo vicioso extremamente benéfico para a empresa), e no Brasil cada nova investida da empresa vinha acompanhada de uma enxurrada de boatos sobre novos investimentos.
Não tenho fontes confiáveis o suficiente sobre Apple no Brasil que consigam dar o mínimo de certeza nesta saraivada de boatos que envolvem o nome da empresa de Steve Jobs na blogosfera brasileira há semanas.
Não é segredo nenhum que o muro de proteção da Apple sobre dados internos é alto e bem guardado – por mais que tenha sofrido algumas brechinhas recentes.
A antiga assessoria da Apple no Brasil é taxativa em afirmar que, nas mais diferentes etapas da companhia por aqui em 18 anos, não conseguiu convencer Steve Jobs em embarcar para o país.
A Apple Brasil não comenta boatos. Faz bem. Se eu vou dar pitacos? Ainda não. Vou apurar algumas coisas antes disto.
campus party colombiano
23 novembro 2007
Depois do Brasil, que recebe a primeira edição internacional em fevereiro, o Campus Party vai à Colômbia entre os dias 16 e 22 de junho, em Bogotá.
Convidados no Brasil? Daqui a pouco.
até mais, norman mailer
10 novembro 2007
Norman Mailer morreu. O cara concorreu à prefeitura de Nova York, atuou em filmes e escreveu poesia, mas é foda mesmo escrevendo a prosa realista que depois chamou-se de novo jornalismo – vai ler “Os nus e os mortos”.
Em outubro, a New York publicou uma entrevista em que Mailer, ranzinza e mais conservador que nunca, justificava o apelido de “macho prince of American letters“, botando o cara próximo a um deus.
last.fm a caminho do brasil
6 novembro 2007
Aliás, Brasil já tem country manager. Mas o Last.FM tá procurando também manager pra Japão, Turquia e Reino Unido.
Update: galera, a história do Last.FM no Brasil já saiu no Now! em outubro. Isto aí é apenas desdobramento.